quarta-feira, 13 de maio de 2009

ERA UM DIA CALMO AQUELE

 Era um dia calmo, aquele. Tudo corria mormalmente naquela cidade. As pessoas andavam, conversavam, reclamavam, xingavam... Tudo estava normal. Só que ninguém imaginava que bandidos haviam fugido da cadeia.
 Era um grupo de seis pessoas. Todos acusados de um mesmo crime: assalto; afinal, formavam uma quadrilha de assaltantes, era isso o que eles sabiam fazer de melhor. Eles viviam da tristeza das pessoas. Tudo que tinham era roubado.
 Foram presos durante um assalto. Ficaram seis meses na cadeia, e depois conseguiram fugir. Agora, voltar a assaltar! Mas só tinham três armas - uma escopeta sem balas e dois revólveres de brinquedo. Como roubar agora?
 O líder da quadrilha disse que ninguém ia descobrir que aquelas armas eram de brinquedo, quando as pessoas vissem-nas, iriam tremer de medo e dar tudo o que eles pedissem. Todos concordaram e planejaram os assaltos.
 O primeiro deu certo; assaltaram um carro. O segundo também, dessa vez, uma loja. Eles não iriam assaltar um banco nunca mais, pois tinham trauma: foram presos durante um assalto a banco. O terceiro foi a uma lanchonete. Já no quarto, eles não se deram bem. Foi um assalto a um carro novamente, dessa vez com uma mulher ao volante e duas crianças no banco de trás.
 - Essa vai ser fácil - disse um deles.
 Não foi. Chegaram no carro, apontaram as armas e gritaram:
 - Isso é um assalto, passa tudo!
 A mulher, seja por coragem ou por desespero, falou que não ia dar nada.
 - Passa logo, senão a gente atira!
 - Quero ver se vocês têm coragem!
 Teriam, se as armas fossem de verdade. Mas não eram. Até que uma criança percebeu que as armas não tinham balas e gritou:
 - Ah, mãe, essas armas são de mentira, eles não vão atirar, não!
 - Sério? - disse a mãe - então é agora que eu não vou dar nada mesmo! Tchau, ladrões de galinha!
 E se foi. Os ladrões não fizeram nada, só ficaram se olhando com cara de bobos. Descobertos por uma criança! O dia voltava a ser calmo.
 No outro dia, cometeram outro assalto com as armas de brinquedo.

Nossa Missão

 Este é um texto escrito em 2008, para a aula de Redação do meu colégio. Espero que vocês gostem.

NOSSA MISSÃO

Um dia,  estava em plena viagem pelo espaço, dentro da nave, para fotografá-lo. Estava conversando com meus colegas quando resolvi dar uma olhada lá fora.
 Eis que vejo a Terra, essa grande bola azul, a nossa nave espacial. Temos que cuidar dela, preservá-la, senão ela será destruída e morreremos todos no espaço.
 Vejo também os continentes, essas placas de terra nas quais vivemos: a América do Norte e a Europa, com muitas riquezas; em contraponto, a África,
 as Américas Central e do Sul, grande parte da Ásia e da Oceania com um alto nível de pobreza.
 Países com guerras e guerrilhas, desigualdades sociais, tanta coisa ruim, e outros sem quase nenhum problema social nem se importando com os problemas destes.
 Temos que mudar a sociedade mundial, uns com tanto, e outros sem nada, gente com muita terra, e gente sem nenhuma. Temos que deixar de ser egoístas e gananciosos, temos que pensar no nosso próximo, temos que mudar nossa mentalidade.
 Agora, visualizo a Lua e me lembro da história de Flicts. Você sabia que a cor da Lua é Flicts? Pois é, Flicts é uma cor que foi rejeitada na Terra e só encontrou abrigo na Lua. Será que as pessoas que vivem no "Mundo da Lua" não passam pelo mesmo problema que Flicts?
 Quando eu estava na Terra, achava a coisa mais linda uma noite de lua cheia. Ela ilumina os nossos pensamentos.
 E eu olho para as estrelas, aquelas coisas lindas e brilhantes, e para os cometas, que vão ao encontro da Terra, ou pairam pelo espaço. Lembro-me, que, na Terra, esses cometas aparecem como estrelas cadentes - quem nunca fez um pedido para uma delas? - que vão, lindamente, ao encontro do mar...
 Então, volto meu olhar para dentro da nave e continuo a conversar com os meus colegas, pensando que, antes de conquistar o espaço, precisamos mudar o mundo, e que nossa missão é fazer isso.