Era um grupo de seis pessoas. Todos acusados de um mesmo crime: assalto; afinal, formavam uma quadrilha de assaltantes, era isso o que eles sabiam fazer de melhor. Eles viviam da tristeza das pessoas. Tudo que tinham era roubado.
Foram presos durante um assalto. Ficaram seis meses na cadeia, e depois conseguiram fugir. Agora, voltar a assaltar! Mas só tinham três armas - uma escopeta sem balas e dois revólveres de brinquedo. Como roubar agora?
O líder da quadrilha disse que ninguém ia descobrir que aquelas armas eram de brinquedo, quando as pessoas vissem-nas, iriam tremer de medo e dar tudo o que eles pedissem. Todos concordaram e planejaram os assaltos.
O primeiro deu certo; assaltaram um carro. O segundo também, dessa vez, uma loja. Eles não iriam assaltar um banco nunca mais, pois tinham trauma: foram presos durante um assalto a banco. O terceiro foi a uma lanchonete. Já no quarto, eles não se deram bem. Foi um assalto a um carro novamente, dessa vez com uma mulher ao volante e duas crianças no banco de trás.
- Essa vai ser fácil - disse um deles.
Não foi. Chegaram no carro, apontaram as armas e gritaram:
- Isso é um assalto, passa tudo!
A mulher, seja por coragem ou por desespero, falou que não ia dar nada.
- Passa logo, senão a gente atira!
- Quero ver se vocês têm coragem!
Teriam, se as armas fossem de verdade. Mas não eram. Até que uma criança percebeu que as armas não tinham balas e gritou:
- Ah, mãe, essas armas são de mentira, eles não vão atirar, não!
- Sério? - disse a mãe - então é agora que eu não vou dar nada mesmo! Tchau, ladrões de galinha!
E se foi. Os ladrões não fizeram nada, só ficaram se olhando com cara de bobos. Descobertos por uma criança! O dia voltava a ser calmo.
No outro dia, cometeram outro assalto com as armas de brinquedo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário